10 de dezembro de 2012

Do que você tem medo?


Eu tô cansada. Dou mais um suspiro, olho a minha volta, e sei que não é isso que me satisfaz. Acordo cedo, escovo os dentes, olho no espelho, eu estou envelhecendo.
Todos os dias tento lidar com o fato da vida em que estou vivendo, e do mundo que eu faço parte. Não foi isso que planejei. Apesar de meu pai sempre ter sido muito real comigo quanto a vida, me avisando sempre que ela não era fácil.
Eu puxo um assunto, eu tenho a resposta "tenha fé", "tenha paciência", "confie em Deus". Será que todas as pessoas que seguiram esse conselho só conseguiram viver a vida como elas realmente queriam com 65 anos?
A lógica da vida então é realmente essa? Trabalhar a vida inteira, se divertir em "alguns momentos", e só fazer o que quer (isso nem todos fazem), aos 65 anos?
Eu não sei se deveria ter todas essas dúvidas na minha cabeça, sendo que eu tenho 19 anos, e nenhuma vontade de fazer faculdade nenhuma. Eu quero algo que vai muito além de ensinamentos de livros, professores e diplomas medíocres que vão te indicar para trabalhos medíocres, até você chegar no auge dos seus 45 anos e falar: perdi minha vida inteira fazendo o que eu achava que eu gostava.
Afinal, quem foi esse filho da puta, que ditou as regras da vida? Que a sua vida só seria "bem vista" se você fosse graduado, trabalhasse em um lugar que te desse dinheiro (não mais do que o porco do seu patrão que te explora, e você acha que está tudo "ok" trabalhar aos finais de semana). Eu sou realmente muito insatisfeita ou vocês que são mediocremente acomodados?
Que sensação é essa de nunca se sentir completa, ou de não achar nada que me faça querer ficar mais do que 3 meses em um lugar?
Quando, afinal, eu vou conseguir olhar para dentro de mim mesma, e me sentir satisfeita com as coisas que eu faço, sem achar que estou patinando e não chegando a lugar nenhum?
Talvez, sim. Sejam meus 19 anos. Apesar da minha vontade de ser livre vir desde quando eu tinha 7 anos, e falava pro meu pai nunca vender aquela Kombi branca que a gente tinha, que ele usava para trabalhar, que eu iria viver dentro dela. Ele ria, sacudia a cabeça e dizia "quando você fizer 20 anos vai perceber que as coisas não são assim". Então, como as coisas são?
Se a felicidade se resumir em um escritório, todo engomado, na tela de um computador, trabalhando aos finais de semana, em nenhum momento da minha vida vou conseguir ser feliz. Eu não nasci pra isso.
A liberdade só vem quando a gente fecha os olhos e descansa. Eu não quero perder a minha vida dormindo, ou então mentindo para mim mesma, dizendo que está tudo "ok".
Talvez eu devesse me conformar, e morrer por dentro. Porque eu sinto que acontece isso comigo ás vezes. Eu estou morrendo por dentro.

4 de dezembro de 2012

"Aos Meus".

Não gosto nem um pouco de postar textos aqui que não são da minha autoria. Mas achei que eu devia compartilhar com vocês um texto de extrema filosofia evolutiva.
Enjoy this shit. "Quem é sabe".

Quer saber se estou bem

Dediquei minha juventude a amar uma pessoa. foi a coisa mais difícil que já fiz, terminar com alguém que eu ainda amava. Foi como uma morte e muito do que eu era parecia ter morrido junto, no entanto, amor não morre! se silencia.

Simultaneamente os trabalhos de restauração do Acervo Russo chegavam ao fim e minha missão estava cumprida. Uma outra parte de mim morria.

Meu álbum estava pronto.

Fiquei perdido caindo na casa dos camaradas quando rolava. tinha empenhado tudo em ter uma vida com outra pessoa, fiquei sem casa na cidade que morava. Por uns tempos tentava descobrir pq eu estava ali e como sair.

A verdade é que venho já há algum tempo adiando o meu passo adiante por apego ao que tinha. Sempre fui uma pessoa de contar as bençãos, mas nos últimos anos fiquei imerso demais no mundo" real" e meus planos eram de mudar a parte da minha realidade que achava não estar a altura do que plantei. Só q o que eu tinha, impedia o que precisava conquistar.

De forma curiosa, em um revés da vida, me vi sem nada! Triste, confuso, meio bicho solto além da conta. Bebi demais, fumei demais, tretei demais, saí demais, gastei demais dentre outros prazeres mais óbvios. Por 9 anos eu amei demais! 

Na merda, mas Finalmente sem medo, livre, sem nada a perder me senti novo.

Agora, preciso de novas desculpas pra seguir adiante e evoluir, há muito mais a se aperfeicoar do que apenas a música. Adoro a vida, mas devemos nos incumbir de dar sentido a ela. Adoro ter dinheiro, mas há mais na vida do que esbórnia. Adoro as flores, mas há mais na vida do que mulher.

Recuperado da minha morte, começo agora a tramar minha reincarnação ainda em vida. E como venho fazendo, cedo ou tarde minha arte transmitirá essa fase de busca a vcs, só que há um novo elemento...dessa vez eu vou encontrar!!!

Chamei essa pessoa que tenho sido nessa transição de "Cachorro Magro", meu alter-ego e arquiinimigo o qual deve entrar em contato pedindo resgate em breve.

Confesso que ele tem tirado uma onda! ele tem queimado meu filme, e trazido grandes realizaçoes, todas mundanas!!! quer me destruir (eu tenho deixado) mas não passou nem perto de fazer jus a minha pessoa. E quando eu acabar com ele, apenas o nivel superior da minha existência restará.
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Vida longa aos guerreiros! A eternidade é agora.

3 de dezembro de 2012

Desabafo. Desabando.

Eu olhava a minha volta, e só conseguia sentia raiva. Raiva das pessoas, do assunto delas, do modo que elas vivem. Raiva de como elas eram irrelevantes e vazias. Raiva de como eu desejava que as coisas fossem diferentes.
Eu procuro manter meu coração puro, mesmo sabendo que a perfeição está longe de qualquer ser humano na face da Terra. Mas hoje eu só consigo sentir raiva.
Será que é tão difícil eu me encaixar em um lugar que eu goste? Ou fazer as coisas que eu gosto? Será que todas as pessoas que aparentam ser felizes com seus trabalhos, são realmente felizes e realizadas? Me sinto um peixe fora d'água. Sinto que aqui não é meu lugar, e que tudo isso está sendo um equívoco: Eu não pedi para que nada disso estivesse acontecendo.
A minha vida, em si, é tudo que eu quis. Eu só não entendo o que acontece aqui fora, da minha bolha. Na realidade do mundo. A cabeça das pessoas, o objetivo delas, e o que vai ser de todos nós.
Eu dou o melhor de mim para as pessoas, e eu juro que eu só espero que elas sejam gratas por isso. Nada mais. Mas o câncer do ser humano é a ingratidão e todo os defeitos que a gente não consegue enxergar.
Ás vezes, quem sabe, se eu fosse mais uma conformada, eu não viveria melhor. Viver uma vida inteira dizendo "tudo bem", sorrindo e vivendo da forma como o mundo caminha, como a sociedade e as pessoas acham correto... Sim. Como elas acham que esteja correto. Porque o certo pra mim, não é pra você. E no mundo não existe a razão entre o certo e o errado. Existe o limite, a barreira que existe no seu cérebro, e no meu.
Tem dias que eu queria começar de novo. Eu, Camilla. Começar tudo de novo. Com uma criação menos livre, com mais restrições dos meus pais. Tem momentos na minha vida que eu realmente queria ser satisfeita com as coisas que eu tenho e como eu vivo. Mas eu simplesmente não consigo.
Todos esses falsos ideais, todas essas modas que passam, tudo isso. Toda essa falta de convivência com a realidade, que as pessoas tem, me mata. Toda essa falta de assunto, essa falta de tempo, essa falta de colo, de consolo. Isso acaba comigo.
Todo esse ego. Isso, acaba comigo.