Eu procurava esconder aquele sentimento de desgosto, em qualquer lugar onde caberia, mas eu simplesmente falhava. Não conseguia olhar diferente, e eu já estava me cansando de fazer de conta que eu ficaria bem, pois eu não ficaria, e isso era claro. Mas mesmo assim, eu procurava não deixá-lo triste, e eu prometi que seria forte, por nós dois. Toda noite quando deitava minha cabeça no travesseiro, as cenas desse quase dois meses me passava na cabeça, como se fosse um ano ou mais. Cada dia que passava, eu sentia que queria ficar com ele pro resto da minha vida. Parece ridículo quando você tem 17 anos e uma vida inteira pela frente, mas era como música para meus ouvidos quando ele dizia que me amava, e que eu era a mulher com quem ele se casaria em um futuro mais próximo que eu pudera imaginar. Ás vezes eu sentia vontade que ele fosse logo, para que acabasse com a minha dor, e ele voltasse logo, em outras, eu rezava para que tudo desse errado, e que ele simplesmente ficasse, e que continuássemos nossas vidas, mesmo na situação em que nos encontrávamos, sem saber como agir, e cada dia ficava mais complicado para nós dois vivermos em nossas respectivas casas. Li em algum lugar do qual não me recordo, que: " O verdadeiro amor, é quando aceita a felicidade do outro, mesmo que não lhe signifique nada ", e talvez, essa frase hoje sirva de conforto para mim, representando que em prova do meu amor, eu não guarde mágoa dele ir atrás de um sonho que lhe parece real. Penso muitas vezes como vão ser meus dias daqui pra frente, e meus finais de semana. Logo imagino que preciso de mais trabalho, mais curso, para que eu simplesmente não pense. Que bobagem a minha, a noite sempre chega, e com ela, todas nossas memórias.
Nesse três meses, eu posso concluir duas certezas: Eu iria ter a mais plena certeza que amava-o mais do que a mim mesma, ou que simplesmente, o amor passou. No momento, eu concordaria que a primeira estaria no padrão correto, a única certeza que eu tinha, era da qual eu estava loucamente apaixonada por ele.