18 de maio de 2010

É uma longa estrada, nesse jogo da vida.


Na verdade, se você não tem pais separados, para de ler esse texto agora, porque você vai me achar uma doente mental, dramática frustrada. E eu não sou. Então se você não for me entender, para de ler agora.Tão difícil falar de sentimentos verdadeiros. Tão complicado falar de algo que você realmente tem esperança, tão difícil falar de algo que você realmente deseja. Se me perguntassem como eu imaginaria minha vida, há sete anos atrás, eu responderia: Meus pais casados, brigas constantes com a minha irmã, indo pra escola, saindo com meus amigos, sei lá, uma vida.. Normal. Afinal, o que é uma vida NORMAL para você? Seus pais casados, toda noite sentados à mesa, jantando juntos, todos sorrindo e conversando sobre a escola, sobre o trabalho, sobre o inglês? Talvez. Porque na verdade, assim era a minha vida à sete anos atrás. Perfeitamente perfeita. Algumas discussões, mais nada que carregássemos para nós mesmos. Agora me deparo na sala, com pessoas que eu jamais pensei que estariam perto de mim, ao meu lado. Minha mãe morando à 468 km de mim, e minha irmã também. Meu pai tomando banho e se arrumando para sair com os amigos.. É. Eu realmente nunca pensei nessa possibilidade. Aos meus ouvidos, soa estranho até agora, por mais que já fazem 6 meses. Posso considerar que é uma etapa na vida da gente, que quando não é com a gente, não faz diferença, " ah, é só MAIS UM casal separado ". Afinal, foi como eu sempre pensei quando alguém próximo me contava de alguma separação. Mas quando você cai em si, que seus pais, sim, SEUS PAIS, aqueles que sempre foram nas suas festas juninas, conheciam seus professores, sempre adivinharam o que você ia querer no jantar, ou o que você queria ser quando crescer, e até o carro que gostava. Sim, eles se separaram. Você sempre os teve do lado, quando alguém te fazia mal, você corria pros braços deles. E agora você tem em mente, que apesar da distância, você ainda tem um deles. Eu ainda tenho a minha mãe. Por mais que ela ainda tenha a família dela lá formada. Eu não tenho a minha família formada, eu tenho o meu pai. A verdade é que eu acho que a minha vida não está certa, e a culpa não é minha. A minha cabeça tende à pensar isso. Dizem que a mente da gente é poderosa, a minha é tumultuativa. Ás vezes a minha cabeça é um verdadeiro inferno, por isso que eu sempre o uso "quero férias de mim mesma". A verdade é que eu odeio tudo isso, e eu realmente queria que as coisas não fossem assim. Mas nem tudo é como a gente quer. Eu não vou mentir, eu consigo ver nesse meu sofrimento uma nova fase surgindo na minha vida, eu consigo sentir isso. A verdade é que estou amadurecendo com tudo isso. Estou aprendendo que na verdade, tenho que me colocar no lugar dos outros, não posso ser tão egoísta como costumava ser. E até engolir alguns "sapinhos" como minha mãe diz. Eu consigo ver uma luz em todos os meus problemas, e admiro isso em mim. A verdade é que muitas coisas ruins que me falam, eu consigo ter mais forças para alcançar meus objetivos. Eu fico feliz por isso. Eu sei que essa fase ruim, vai passar. É só questão de tempo. Eu acredito nisso. Eu acredito, em mim.