23 de novembro de 2012

Nunca foi dito

Eterno dilema entre discurso e poema,
Mente que interna, mente que mente
Sente.
Faz de conta porque não sabe lidar
a verdade dói aos olhos de quem só sabe reclamar.

Verdade que aparenta ser distinta,
entre nós não é bem vinda,
tapa os olhos e a retina
envelhece a mente, te tira do altar
não faz a sua.

Pensa que não pode mas tá quase lá,
mais fácil ficar parado do que ajudar a mudar!
Se posso escolher logo já sei
é tudo nulo, é em plena escuridão.

Do breu a José Dirceu,
de Maluf a Cachoeira,
de você ao negro no vagão.
Ninguém muda, é tudo igual.
Se tem chance de foder o outro vai em frente,
sabe o que faz!
Não tô aqui pra julgar ninguém, então pra mim tanto faz.

Esperar sem saber o quê,
trabalhar em troca DU QUÊ,
viver sem saber o PORQUÊ.

Cidade que chora ao réu,
mãe que perde o véu,
filho que teme o abandono,
pessoas cheias de sentimentos tolos.

Sabe que pode mas ninguém muda,
num move um dedo se for sair da disputa.
Ninguém quer viver na verdade,
a realidade dói pra quem tapa os olhos da lealdade.

Verdade crua
nua
dura.
Seu mundo desabô. Cabô.
Você não é mais o mesmo,
nem seus pensamentos estão ilícitos.

E só.
É só.
Por só.
Só.